Dezenove doses de saudade


Eu caio nestes jogos e finjo que sou eu quem dou as cartas. Danço neste palco para meu único espectador e digo que escolhi a música, essa que nunca ouvi tocar. Esse teu olhar cor de primavera adorna tuas palavras atrevidas, num galanteio que enfeitiça meus sentidos. Me deixa zonza.

E eu me dissolvo nesse capricho, um desvario inocente, que no desejo encontra redenção. Fantasia mais curta que o carnaval. Uma quimera de hormônios efêmeros e líquidos como Bauman. 

Um sopro imprevisível de você, cheiro de vingança afrodisíaca e toque viciante. Sem beijo de chegada ou despedida, partiu.

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