Arte de Arno Bashraf
Liga às duas da manhã, me chama pra um café na tua cozinha. Nunca recusei a bebida quente que me serves e você nunca recusou o gosto doce dos meus lábios.
Abre o portão e devora-me com esse beijo embriagado, que desafia as leis da física e anseia que nossos dois corpos ocupem o mesmo espaço.
O café, com leite, e duas colheres de açúcar, por favor.
Diga-me, enquanto te escapa a voz, sobre todas as coisas que só existem no encontro do nosso toque. Incêndios onde antes queimaram apenas fagulhas.
Tem dias que só o seu café é capaz de saciar minha sede, duas ou três xícaras de você para atenuar minha combustão.
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