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Era manhã e o sol ardia, tão quente quanto naquele verão que te encontrei a primeira vez dois anos atrás. Se fui antes de ti, não me lembro. A vida começou quando entrelacei meus dedos nos teus no Parque da Cidade, te confessei e você sussurrou o amor de volta. Tuas mãos, finas e graciosas, seguravam meu coração com cuidado, enquanto declarava-o para ti nos versos poéticos da eternidade.
Desta vez o vento te sopra a pele como beijos no teu rosto ameno, os cabelos voam para trás e caem caóticos, logo depois, sobre os olhos de cigana (oblíqua e dissimulada). Você tem o fulgor do espírito incessável, a beleza de jamais estar no mesmo lugar de dois minutos atrás. A artista que escraviza meu deslumbre, escultora do destino e dona de mim.
Quisera eu poder alcançar o ímpeto deste teu corpo irrefreável. Sou palco do teu show, obra prima tua e já não conheço mais a mim.
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