A arte de ser sozinha

Habita nela uma alma solitária, que floresce às margens do silêncio, suas pétalas delicadas com aroma de serenidade.

Nas horas diurnas, ela dança entre as sombras das árvores antigas e os raios de sol que atravessam as folhas formam um tapete de luz dourada ao seu redor.

No ébano da noite, ela encontra conforto nas brisas noturnas que sussurram segredos ancestrais.

Ela é a musa da liberdade, arquiteta da independência. Seus olhos faiscam seu fogo interior, e ela molda seu próprio destino alheia às expectativas do outro — as tramas do mundo externo pouco importam aqui. No seu palácio íntimo é onde as pedras frias se transformam em oceanos revigorantes, onde os uivos do vento se convertem em sinfonias melodiosas. Onde mora a sua paz.

Não lhe interessam as correntes do convívio superficial. A companhia é uma escolha que seleciona muito bem. No manto sagrado da solitude, descobriu a força infinda que reside em si mesma,
a capacidade de se bastar.


Fotografia: @mineexhibition

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