![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjUliVpFJlrhlCGIOG9VJ2hiRolMagEbidCa_K6FXFiGNg78NoL2R_6Jvt4jaBFd0VRrqoei2Z2X2X4-fhYWS9peUF_YYOIdA8Q0CftvTVfXSsELyC8gBZdf7hfZWv8gv1xWUoWea_GVFzNsWbbREDAnvXKw7qbWIDYBNL0QlbTsJme0rYH-tptWQyo4V8/w538-h640/119.png)
As avenidas da Cidade Luz lá fora são molhadas pela chuva, que percorre os caminhos da calçada e derrama meu amor por ti nas águas do Rio Sena. Hipnotizada pelas negras pupilas mais belas de todo Ocidente, liquefaço-me nos cálidos dilúvios do teu peito, rendida ao fascínio do teu cheiro.
A Netflix implora pelo roteiro ultrarromântico — barroco e simbolista — da nossa história, depois de apenas um vislumbre do sorriso nosso. Andar ao seu lado é como ter o céu na sola dos pés e assistir a paisagens feitas de nuvens condensadas sob o sol, satélite da nossa lua. A gravidade invertida enlouqueceria o próprio Newton, que desconheceu o magnetismo da mão entrelaçada à tua.
Os fogos de artifício estalando sobre a Torre Eiffel no réveillon parisiense assistem, meros espectadores do nosso espetáculo, aos reluzentes lampejos do nosso beijo. O amor, dizem, mora nas coisas simples, o meu, com a chuva que cai por estas avenidas, encharca minhas roupas e transborda meu peito, mora em você.
[Rebeca Maynart & Ethan Lee]
0 comentários