O cinismo de uma escritora não apaixonada que escreve sobre amor

eu poderia escrever centenas de cartas de amor e, para falar a verdade, eu escrevi. e todas elas seriam para você. até aquelas que enderessei a outrem, até aquelas que poetizei antes de te conhecer e para sempre depois.

eu poderia falar sobre os olhos mais bonitos do mundo e sua íris castanha seria a destinatária. todas as vezes que eu amei alguém eu amei um reflexo de você. todas as vezes que eu me apaixonei, foram você.

eu imagino seu nome em versos quiméricos de nós dois e desenho nosso romance em letras cursivas nas paredes da minha fantasia.

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