Fui arrastada para sua fantasia dissimulada e absurda. Embriagaste-me com altas doses de falsas verdades e esforçou-se veementemente para que eu acreditasse que compartilhávamos do mesmo barco, só para empurrar-me para fora dele na semana seguinte. Só para me envolver em mais uma névoa de insanidade, como se tudo isso não passasse de uma alucinação unilateral.
Você fingiu que não conhecia esses pedaços e desfez-se de todos eles na minha cara para explicitar sua insatisfação. Você é ridículo e conveniente. Você sana seu vazio enfiando-se nos vazios alheios e fugindo logo depois. Você desfrutou das minhas camadas e do mergulho no meu oceano turbulento, só para assisti-lo desaguar mais uma vez como na história que eu havia te contado. Você, que se finge tão distinto do resto do mundo, não passa de mais um do mesmo.
Você definitivamente não merece um texto, uma música ou sequer dois versos quebrados. Culpo minha alma poética que não me deixa passar em branco. Porque toda dor vira ódio ou vira poesia, no meu caso, os dois.
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