A cada passo desnorteado e perdido, perco um generoso pedaço de mim. Sem perceber, vagarosamente torno-me uma lúgubre sombra do que já fui um dia, um mero reflexo da soturnidade que habita minha mente. Eu acordo e juro que é como se ainda dormisse, vivendo um sonho sonambulamente. Porque nada parece real, nem mesmo eu e tudo o que eu fantasio sentir, nesse teatro particular que rende-me bons textos e faz-me acreditar que vivo uma poesia.
Uma poesia infeliz e sorumbática, ainda assim uma poesia.
Os espelhos e as fotografias figuram uma desconhecida, não faço ideia de onde vem ou dos seus precedentes, enxergo-a, mas não a reconheço. Desmontei-me em perigosos abismos de quases e tudo aquilo que poderia ser e jamais fora, com predisposição a sempre fazer decisões ruins e nunca entender o porquê de nenhuma delas. Há alguns anos venho sentindo a loucura como uma ideia cada vez menos distante, como se caminhasse em sua direção dia após dia de noites sem dormir.
Minha única lucidez é minha infatigável mente, que investiga cada pedaço do que cerca-me e trama minha própria versão da realidade (e que eventualmente eu duvido).
Como pode alguém ser tão bom e tão ruim ao mesmo tempo? Como pode alguém carregar tantas facetas e cartas na manga? Amar-se e odiar-se em igual intensidade? Dividir-se em tantas versões de si mesmo que, em algum lugar destes alter egos, perde-se em si mesmo? Porque, acredito, estou perdida e não há mapa que guie-me de volta, se é que existiu um ponto de partida.
Nem mesmo palavras e metáforas podem traduzir minha confusão. Um caos não pode ser narrado em sua completa magnitude (não que haja algo magnifico na coisa toda). Aliás, um caos não pode ser completamente descrito, tal qual faça jus ao seu vasto poder de devastação.
Minha única lucidez é minha infatigável mente, que investiga cada pedaço do que cerca-me e trama minha própria versão da realidade (e que eventualmente eu duvido).
Como pode alguém ser tão bom e tão ruim ao mesmo tempo? Como pode alguém carregar tantas facetas e cartas na manga? Amar-se e odiar-se em igual intensidade? Dividir-se em tantas versões de si mesmo que, em algum lugar destes alter egos, perde-se em si mesmo? Porque, acredito, estou perdida e não há mapa que guie-me de volta, se é que existiu um ponto de partida.
Nem mesmo palavras e metáforas podem traduzir minha confusão. Um caos não pode ser narrado em sua completa magnitude (não que haja algo magnifico na coisa toda). Aliás, um caos não pode ser completamente descrito, tal qual faça jus ao seu vasto poder de devastação.
Ahhh Becaa!! como é bom ler a tua poesia!! "nesse teatro particular que rende-me bons textos e faz-me acreditar que vivo uma poesia." AHHHHH ISSO É TAO EU!!! :)
ResponderExcluirVocê é maravilhosa! Obrigada por vir sempre aqui <3
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