A gente nasce sozinho, sabe? Mesmo tu que tem irmão gêmeo, o médico (ou a parideira) te tirou sozinho, um de cada vez. No começo é difícil, mas depois a gente aceita que tá nessa sem ninguém. Ou faz que nem eu que até hoje não entendi isso muito bem e ainda confundo gatos e cachorros (é esse o ditado?), ainda tropeço nas pedras que esconderam nos meus sapatos.
Esses dias foram difíceis, não é por nada, é só que desiludir-se com as pessoas é sempre triste. A gente acaba percebendo que há um padrão, que essas pessoas que passam pela gente e nos machucam não são a exceção, são a regra. Que, eventualmente, alguém de quem esperávamos rosas, despeja-nos espinhos.
E tudo bem a gente continuar se surpreendendo, porque não há culpa em não esperar o pior de todo mundo. Gostaria eu de ser como os sábios que enxergam além e mantém a desconfiança, a todo o momento preparados para cortar expectativas que insistam em florescer. Porque se tem algo que a gente faz, nós sentimentais e inevitavelmente intensos demais, é ter esperança, é sair mergulhando de cabeça em piscinas vazias, sem água. Quebrando a cara.
Essa conclusão não tem solução. A professora de redação ensinou que o último parágrafo tem um breve resumo de tudo (?) acompanhado de uma incrível resolução. Dessa vez eu não tenho. Essa noite eu só lamento por não ter aprendido a lição.
E tudo bem a gente continuar se surpreendendo, porque não há culpa em não esperar o pior de todo mundo. Gostaria eu de ser como os sábios que enxergam além e mantém a desconfiança, a todo o momento preparados para cortar expectativas que insistam em florescer. Porque se tem algo que a gente faz, nós sentimentais e inevitavelmente intensos demais, é ter esperança, é sair mergulhando de cabeça em piscinas vazias, sem água. Quebrando a cara.
Essa conclusão não tem solução. A professora de redação ensinou que o último parágrafo tem um breve resumo de tudo (?) acompanhado de uma incrível resolução. Dessa vez eu não tenho. Essa noite eu só lamento por não ter aprendido a lição.
Amei ♥ A melhor parte de ser intenso é justamente essa: a surpresa que vem acompanhada da decepção. Dói, machuca, mas faz um bem imenso quando a cicatriz desaparece. Ficamos marcados, mas nunca vazios, porque temos de excesso aqui dentro.
ResponderExcluirLinda! ♥ Muito obrigada.
ExcluirSim, e as feridas sempre trazem algo a ensinar, né?
Mil beijos
QUERIDA, sábio mesmo é quem sempre tem esperança e espera o melhor do próximo! Não se engane :)
ResponderExcluirSaudade que eu estava dos seus textos! Beijo
MUITO obrigada, moça <3
ExcluirMil beijos!
Miga, como faz pra cortar com as expectativas que insistem em aparecer? ainda nao aprendi isso nao. Muito bom teu texto Beca, bem denso. Saudades dos teus textos. Beijo
ResponderExcluirAinda to tentando descobrir, miga.
ExcluirMuito obrigada!!! Mil beijos
Farb, esse veio bastante intenso. Essa reflexão é uma coisa bem louca porque eu também já tive. Tenho, na verdade. Sobre quando a gente percebe que esse tipo de pessoa é, na verdade, a regra. E mesmo assim aceita que tudo bem continuar não esperando pelas ~regras. Você é demais.
ResponderExcluirSua conclusão sem resolução! A vida é cheia disso, seu post é a vida.
Tenho certeza que numa outra realidade sou sua exceção.
PS: Feliz de ver coisa nova aqui.
Um beijo
Você é minha exceção.
ExcluirPS: Seus comentários sempre me deixam feliz (demais).
Mil beijos