Intensificando

(Imagem retirada do Flickr, todos os direitos reservados)

O mistério é algo bonito de ser desvendado, se você souber exatamente o que não esperar. Dentro das palavras não ditas você guarda seu infinito particular que eu já conheço bem, ou penso que sim. Os últimos dias parecem ter passado dentro de anos, tamanha mudança que eu vejo em mim. As asas já foram colocadas, resta aprender a voar e parece que você sabe exatamente como fazer isso. "Cuidado para não começar a achar as outras pessoas rasas. Nós é que somos profundos demais.", lembro de ter lido em algum lugar. Talvez sejamos mesmo a areia da praia esperando as esporádicas ondas de alegria.

Eu tenho o condão destrutivo e como uma granada, eu posso explodir a qualquer momento. Me incomoda o fato de poder ferir. De fato, o poder me assusta e a falta dele me apavora, qualquer coisa fugindo do meu controle me desespera. Dentro de uma personalidade conflitante, começo meu real autoconhecimento, sem meias-verdades; às vezes isso é desconfortante, saber exatamente quem você é e daquilo que é capaz, você tem as armas, resta saber como vai utilizá-las. Eu estou aprendendo.

Nós podemos nos surpreender no fim das contas, com tamanha força que guardamos apenas esperando para ser libertada. Desistir nunca foi uma opção. Algumas pessoas nos olham de forma interessante, com admiração, como se fossemos tudo aquilo que elas um dia esperaram que nós fossemos, outras nos veem exatamente como somos e gostam ainda assim, são estas que você deve preservar, no plural ou não. As máscaras de nada servem, afinal, no fim do dia você só quer jogá-las para o alto e deitar no travesseiro torcendo para não ter nenhum peso muito grande sobre ele.

Eu ainda não estou pronta para alçar voo, mas minhas asas insistem em bater sozinhas e meu desejo de explorar cresce tanto quanto minha preparação. Como eu disse, o mistério é algo muito bonito de ser desvendado e eu não faço ideia do que esperar.