Você me ardia tanto, que me queimou

A eletricidade magnética dos teus dedos na minha pele ainda dá choque horas depois. Anos depois.

É a memória sensorial tatuada na minha carne, que desliza pelas curvas do meu corpo com o seu toque, que partiu há tanto tempo. E não voltou mais.

Nem poderia, somos almas inconciliáveis. Espectros opostos do sol, embora tão bonito tenha sido meu encaixe nos teus braços. Sinto falta, sinto alívio.

Você me ardia tanto que me queimou.

Mesmo assim eu ainda sinto o cheiro do teu perfume quando fecho os olhos. E uma vontade incontrolável de te ver de novo.

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