Desses que o universo sussurra no ouvido que talvez seja melhor nem levantar da cama, entretanto, as obrigações do dia e a minha teimosia obrigam-me a fazer o contrário. Minha cabeça já é uma bagunça maior que meu guarda roupa e qualquer cabelo pela manhã; hoje, particularmente fui cruel comigo e açoitei-me com meus próprios pensamentos.
A cada segundo eu sangrava mais, uma hemorragia interna que ninguém podia ver, e eu temia que vissem. Depois de tantos anos, tive um colapso e derrapei na bola de neve que acumulei de coisas mal resolvidas e deixadas para depois. Uma montanha russa, eu sempre digo. Quando estou alto demais, a descida é ingrime e brusca.
Resgatei o passado, tudo o que ainda volta para me assombrar eventualmente, as bagagens que eu não consegui deixar pelo caminho e as feridas que eu não deixo cicatrizar; Considerei o agora e todos os erros que eu sei que estou cometendo, e no entanto, não posso impedir-me (não?); Divaguei sobre o futuro e descobri que este me apavora, percebi que não há nada concreto, nenhum plano sequer.
E tudo dói, sufoca, machuca, explode, desvaira. E eu nem sei porquê.
Desabei no travesseiro como nos velhos tempos de adolescência, mal sabia eu, que ainda tinha lágrimas para lastimar. Acordei no fim do dia e respirei fundo, o ar ainda parece pesado e ainda não consigo pensar com clareza. É, hoje foi um dia daqueles, mas em três minutos ele acaba. Amanhã, quem sabe, é um dia desses outros.
Eu diria que no meu caso, essa semana foi uma semana daquelas! Esse texto veio em boa hora. E o seu jeito que você escreve, tão íntima de quem te lê me prendeu muito.
ResponderExcluirQuem sabe a próxima semana ou dia será melhor, não é? Que seja para nós!
Um beijo.
www.janeladesorrisos.com
Ainda bem que passam, acabam e melhoram.
ExcluirMuito obrigada pelo carinho <3
Que seja incrível nossa semana.
Mil beijos