Na medicina, se o coração do paciente para de bater, por alguns minutos há ainda uma chance de trazer o corpo a vida; na poesia, a gente faz de tudo para manter vivo o que já morreu faz tempo.
Quando um médico perde um paciente ele deve declarar sua morte com o horário que aconteceu. Quando eu perdi você, me custou dois anos para perceber.
— Mais uma parada cardíaca, alguém traz o desfibrilador!
— Agora!
— Carrega nas 100 cartas de amor.
— Nada ainda.
— 200 músicas da nossa trilha sonora.
— Sem pulso.
— Os exatos 220 beijos maravilhosos que a gente deu esse ano.
— Não tem mais.
— Tenta de novo.
— Já foi.
— Mas...
— Perdemos esse.
Hora da morte: instante que você (me) partiu (em pedaços).
Declarada.
Eu li duas vezes porque foi muito profundo...Amém a comparação! parabéns pela escrita.
ResponderExcluirBeijos!
http://vivendolaforanoseua.blogspot.com/
Muito obrigada, linda.
Excluir♥
Belíssima (e extremamente criativa) a comparação! Meus sinceros parabéns.
ResponderExcluirBoa sexta-feira para você!
O Único Jeito ♥
Muito obrigada, flor.
ExcluirPerdão pela demora de responder.
Feliz 2017.
Mil beijos ♥
Beca!!!! (!!!!!!!)
ResponderExcluirEu não to sabendo lidar aqui, calmaí.
Já começo abaixando com os tiros em ''na poesia, a gente faz de tudo para manter vivo o que já morreu faz tempo.''.
Agora, o que vem depois é ainda mais incrível.
Achei de uma sutileza e agressão tão combinadas que fiquei arrepiado quando acabei de ler. Como é que pode isso?
Extremamente criativo e diferente do costumeiro. Eu gostei demais. Mas o que mais gostei é que você sempre me surpreende, mesmo quando eu nem imagino que isso possa acontecer. Acontece. Recorrentemente.
Você é demais.
Um beijo ♥
Eu demorei para responder, porque eu nunca sei como fazê-lo. Mas você sabe que me arrancou um sorriso imenso todas as vezes que li.
ResponderExcluirMuito obrigada pelo carinho de sempre. Você é incrível (acho que digo isso toda vez que a gente se fala, mas é pra tu não esquecer).
Fico muito feliz em saber que consigo te causar isso.
Mil beijos ♥