Um grande problema sobre minhas melhores inspirações para escrever está no fato de que elas só vem nos meus piores momentos, quando a melancolia fica intensa demais e eu preciso exprimi-la nas palavras. Mas e quando eu estou feliz? Sobre o que eu escrevo? Quando eu tento, sai apenas um monte de baboseiras sobre aproveitar a vida e que só fazem sentido na hora que estou escrevendo (quando releio, dias depois, me parece que estava bêbada).
É que eu não sou assim, acostumada a estar feliz e responder um sincero "tudo ótimo!" no whatsapp, mas agora parece simplesmente natural um sorriso atoa erguer as maçãs do meu rosto. O que também me leva a questionar se não é passageiro, como só mais uma etapa da montanha russa que a qualquer momento vai descer tão subitamente quanto subiu. Minhas fases em êxtase não duram muito, mesmo assim, gosto delas, gosto demais.
(Eu avisei que não sei escrever quando estou feliz.)
Estou com tantas ambições em mente e isso me preocupa (o que não me preocupa, afinal?), porque eu acabo não me esforçando para nenhuma. Há algum manual para não se precipitar e quebrar a cara no fim das contas ou a gente tem que se jogar de cara no abismo desconhecido mesmo e ver no que dá? Tudo bem, eu sei, ou arrisca ou nunca vai saber o que poderia ter acontecido (do que você está falando, Rebeca?). Obrigada pelo conselho!
São oito horas da manhã e eu estou aqui escrevendo coisas aleatórias sobre uma loucura particular de felicidades e tristezas repentinas que no momento consta apenas a felicidade e me deixa receosa quanto ao seu oposto. (ufa!)
PS: acho que estou viciada em parênteses.
Um beijo cafeinado!
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