Já me acostumei tanto com suas idas que quando você parte, já não dói mais. Parece natural, o que é absurdo, porque de natural, ir e vir pela minha vida, não devia ter nada. É como se eu já soubesse que não há nada a me preocupar porque estranhamente algo nos suga de volta um para o outro, e isso também é nocivo. Eu sei também, no entanto, que uma hora as portas se fecham, o navio afunda, não importa a metáfora, uma hora, a gente sai de verdade um do outro. Eu de você, você de mim.
![](https://3.bp.blogspot.com/-fPNbsQe6Eb4/WLkI1819_eI/AAAAAAAAEto/4C-prdIKrg4wuyI91s8PwjcgnE8ogH06gCLcB/s640/serena%2Bvan%2Bder%2Bwoodsen%2Bcrying.gif)
Nosso papel juntos foi rasgado em tantos pedaços que ficou difícil juntar os fragmentos. Me pergunto para onde estávamos indo quando decidimos, assim, parar pela última vez e não mais continuar. Embora ainda haja dúvidas, não é um fato tão verídico se levarmos em conta a bagagem de vezes que isso se repete ao longo do tempo. Tão próximos de dois, vinte e quatro. Apenas alguns dias, mas não chegamos lá também. Chegamos a algum lugar afinal?
Talvez para mim, o adeus seja tão difícil e tão fácil ao mesmo tempo. Eu digo tchau e dentro de mim algo ainda grita "fica", mas dessa vez você não fica. Dessa vez as malas estavam prontas e você foi embora.
0 comentários