Agridoce


Acho que voltei ao meu velho e amado lirismo dissimulado. Escrevi um poema, afinal. Não que eu seja do tipo que escreve poemas, definitivamente não, mas todo mundo tem seus momentos, acredito.

"Outra noite em claro
Outro dia previsivelmente desperdiçado 
Outro sorriso a beira da morte

Outro corpo vazio e inexpressivo
Um no meio de muitos
Dúbio
Manchado de sangue metafórico
Do ex-vívido, amor

Outra consciência culpada
Inexplicavelmente sóbria
Inaceitavelmente,
Consciente 

Um sorriso frouxo, por fim
Amarelado
Um adeus que, no entanto, não apenas anuncia sua partida
Como também, a do seu coração."

Divaguei intensamente - ou fora apenas o café me deixando poética? - sobre poemas. Cheguei à conclusão: quem além do próprio poeta que expusera suas palavras pode saber exatamente o que se passava pela sua mente melancólica?
Está na individualidade e capacidade de cada um para perceber as entrelinhas, a mágica que dá a cada leitor um significado próprio. Você enxerga o que quer enxergar na poesia alheia, que já não é mais tão alheia assim.
Em todo caso, deixo claro que não entendo nada de poemas e poesias, e seja lá o que eu tenha escrito, são versos livres e nada profissionais, portanto, sem nenhum compromisso com as normas literárias ou qualquer coisa do gênero. E, finalizo deixando o lembrete de que plágio é crime - não que alguém vá mesmo plagiar isso aí.

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