Precipício


O que nos separa dos nossos objetivos? O que nos impede de sermos quem querermos ser? Como de costume, amanheceu o dia e então surgiu a ideia sobre o que escrever. Ademais, preciso escolher entre felicidade e inspiração (já que a mesma só aparece na doce melancolia). O que venho me perguntando, contudo, é por que me conformei, o que me acomodou, afinal? A insatisfação estética e psicológica é algo que tem me afetado com tanta intensidade que é difícil dizer. Então por que não mudar? Eu não sei e desculpe as perguntas retóricas, ou não tão retóricas já que não sei responder. Se isso é algo tão evidente, tento entender porque continuo seguindo o ciclo. Sou meu único obstáculo.

Enfrentar-se não é uma tarefa fácil, conhecer seus próprios limites e determinar novas diretrizes não é como da noite pro dia para muitos de nós. Algumas pessoas nascem com a determinação implantada no seu DNA ou glóbulos sanguíneos (não que eu tenha prestado muita atenção nas aulas de biologia), mas eu tenho o condão de ceder para o lado mais destrutivo, e isso implica em evitar responsabilidades e não lidar com meus problemas, parece sempre uma saída fácil ignorá-los como se não existissem. As consequências, no entanto, são cruéis e não valem a pena. Disse Dumbledore sabiamente uma vez: "Em breve nós teremos que escolher entre o que é fácil e o que é certo." e nós temos essas opções todos os dias, basta abrirmos os olhos para elas.

Embora eu ache que não leve jeito para qualquer texto que não envolva tristeza profunda, espero aprimorar essa nova fase da minha escrita, ou que seja escrever o que eu quiser, mesmo que ninguém vá dar a mínima. E acho que esse texto ficou pessoal o bastante para que eu o odeie, mas é o que tem pra hoje.

Hasta la vista.

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