Sobre flores, cores e amores.


De todo sentimento bonito que paira nas nuvens de poeira ou em uma troca de olhares em alguma esquina, eu gosto mais daquele que vem do seu perfume suave quando me abraça apertado e meu rosto encontra o encaixe perfeito entre seu ombro e pescoço. Certamente não sei onde estou me jogando, ou talvez eu saiba muito bem e não queira admitir (é uma possibilidade); porque só talvez eu te conheça bem demais para me enganar e você sabe que eu não me enganaria.

Apesar da nossa previsibilidade (todos nossos amigos sabiam antes mesmo da gente cogitar a ideia), ainda sinto o mistério de quando nos vimos pela primeira vez. Mesmo não recebendo flores arrancadas de jardins pelo caminho, eu sinto elas no meu estômago quando você está por perto. A gente tem um jeito meio idiota de fazer as coisas, você sabe, são dezoito anos e um pouco de vento na cabeça - embora a avalanche seja no coração. (soou meio dramático demais?) Mas é o nosso jeito idiota que nos une, pelo menos na maioria das vezes. Sabemos que eu não lido bem com sentimentos, nem você, a gente sempre acha que seria melhor não sentir, no entanto, nós sentimos e é tão forte quando se pode ser.

Confesso que eu me sinto tão estúpida escrevendo tudo isso novamente. Como quando eu tinha quinze anos ou há uns dois anos atrás. Tanta coisa mudou, mas ainda somos os mesmos, metamorfoses ambulantes que por dentro não mudaram tanto assim. Sabe, mas e daí se eu quiser fazer isso de novo? E se eu gostar de clichês e finais felizes? E eu gosto.

Como as folhas que caem no outono, elas, de alguma forma, sempre nascem novamente ainda mais bonitas duas estações depois. E adivinha? Depois desse inverno, vem a primavera e será a nossa vez de florescer.

2 comentários

  1. Que amor esse texto, Rebeca <3 Muito lindo, tu escreve muito bem!

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    1. Muito obrigada, Mari! Fico feliz que uma blogueira que admiro tanto tenha gostado <3

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